Bom dia, bom dia, bom dia galeritcha, como estão? Hoje vamos visitar um outro país dentro da Ilha Esmeralda, que é terra do Titanic, de alguns cenários de séries famosas como Vikings e Game of Thrones e de várias lendas. Sabem onde estamos chegando? Não? Estamos chegando na Irlanda do Norte, um dos nossos últimos destinos por terras irlandesas. Partiu? Mas antes de começar quero pedir para vocês me seguirem também no Facebook, Instagram e para se inscreverem no canal no Youtube. Feito isso, podemos começar. 😜
Dentro da Ilha Irlanda existem dois países (nações), a República da Irlanda (somente Irlanda ou Éire) e a Irlanda do Norte. Ambas são muito próximas, tanto geograficamente, como culturalmente, apesar de também apresentarem inúmeras diferenças. A maior delas é que a Irlanda é um país independente e a Irlanda do Norte faz parte do Reino Unido, junto com a Inglaterra, Escócia e País de Gales, sendo assim a República da Irlanda tem como Chefe de Estado o Presidente e o Primeiro Ministro exercendo o poder, enquanto a Irlanda do Norte tem a Monarquia Britânica como Chefe de Estado.
Outra grande diferença é que a República da Irlanda faz parte da União Europeia e usa o Euro como moeda corrente. Já a Irlanda do Norte já não faz mais parte da União Européia, uma vez que o Reino Unido decidiu sair do bloco e sua moeda corrente é a Libra Esterlina. Apesar de ambos os países usarem o Inglês e o Irlandês (gaélico) como língua oficial, apenas a República da Irlanda ainda permanece com placas e sinalizações em ambos os idiomas.
Apesar de serem dois países distintos, ainda não precisamos de visto para cruzar de um país para o outro de carro. Digo ainda pois não sabemos como funcionará essas questões com o Brexit. Mas isso é tema para um outro momento.
Partimos de Dublin as 5:30h da manhã, um pouco mais tarde do que quando fomos, também de carro, para Galway – para ler esse post, clique aqui. Embora estivéssemos indo para um outro país, estávamos apenas a 2h40 de distância da nossa primeira parada, The Dark Hedges.
As arvores foram plantadas pela família Stuart em 1750, com a intenção de criar uma paisagem que impressionasse os visitantes que se aproximavam da entrada da mansão, a Gracehill House.
Na volta ao carro nos demos conta que a internet havia parado de funcionar. É claro, estamos em outro país! E agora? Como faremos para sair daqui? Alô? Mundo? Rs Eis que avistei um hotel, onde na maior cara de pau paramos e eu pedi a senha para recepcionista, que com toda sua elegância me respondeu que eu poderia usar o tempo que fosse necessário. 😍 #DicaDoDoug: faça download do mapa offline para não passar por perrengues como esse.
Acertado nosso próximo destino no mapa, seguimos para Rope Bridge, onde fomos uns dos primeiros a chegar logo que o lugar abriu, às 9 da manhã. O tempo já começava a ficar bem feio, mas ainda assim seguimos nosso passeio. A Carrick-a-Rede Rope Bridge é uma ponte de 20 metros de extensão feita cordas e suspensa 30 metros acima do mar.
Acredita-se que ela tenha sido construída há 350 anos por pescadores da região para que pudessem criar salmão. Até chegar na ponte propriamente, precisamos fazer uma caminhada de +/- 1 km por uma trilha bem demarcada. Para atravessar a ponte passamos por uma guarita de segurança, que confere os tickets e te autoriza ou não a seguir, dependendo do numero de pessoas que estão atravessando naquele momento. Confesso que com a chuvinha que estava a cair, o coração dava uma geladinha na descida da escada, toda de ferro (é a minha cara tropeçar e cair lá embaixo! haha)
A travessia foi super tranquila e a vista belíssima! O mar é super cristalino e lindo, mas ainda não consigo entender como eles pescavam de lá. Do outro lado, a minúscula Ilha de Carrick, de onde podemos ver a Ilha de Rathlin e um pouco da Escócia. Iraaaado né?! Só queria um tempo lindo para poder sentar aí na ilha e ficar admirando um pouco, mas fica para a próxima! 🙂 O ticket o para essa atração custa £5.90 e pode ser adquirido direto no Box office.
A cafeteria do lugar tinha wifi e assim conseguimos colocar nosso próximo destino no GPS: Giants Causeway, mais um lugar que entrou para a lista de lugares incríveis! Reconhecida pela Unesco como patrimônio histórico a calçada dos gigantes é uma formação geológica natural resultante de uma erupção vulcânica que ocorreu há cerca de 60 milhões de anos. O resultado? Um conjunto de mais de 40 000 colunas prismática de basalto, que parecem escadas feitas de paralelepípedos cuidadosamente empilhados! Bizarro!!!
A lenda diz que…
“Um gigante chamado Finn McCool conhecido pela sua força e habilidades. Um belo dia ele foi insultado pelo gigante escocês Benandonner, que gritava chamando ele de fraco. Finn não podia deixar isso barato! Então, teve a ideia de construir uma “estrada” da Irlanda do Norte até a Escócia com pedaços de penhascos. Ele trabalhou dia e noite e quando a estrada estava pronta foi até o encontro do escocês para desafiá-lo. Acontece que, quando chegou lá ele viu que era muito menor que o outro gigante e então voltou correndo para casa e contou tudo para sua esposa. O escocês viu ele fugindo e correu atrás animado com a luta. A esposa de Finn, Oonagh, para salvar a vida do marido, disse para o gigante escocês que Finn era o bebê deles mas que logo o pai chegaria. Finn pensou: “Se o bebê é deste tamanho, não quero nem ver o pai” e voltou correndo para a Escócia destruindo a calçada construída para que Finn não fosse mais encontrá-lo. Assim, Finn e Oonagh viveram felizes para sempre!”
Se isso realmente aconteceu eu não sei, só sei que seja lá quem for que tenha feito isso, está de parabéns!!!! Rs
Nesse momento a chuva alternava entre chuvisco e tempestade – fomos em Junho, ou seja, verão! -, o que nos impediu de caminhar até a calçada. Tivemos que ir de ônibus, pagando 1 libra pra ir e 2 para retornar. 🙄
Assim que chegamos na calçada São Pedro resolveu ser legal, dando uma trégua na chuva para que pudéssemos aproveitar aquela maravilha. Vale lembrar que é comum as pessoas tropeçarem, já que o piso é bem irregular, por isso atenção redobrada quando está chovendo.
Apesar da chuva ter nos impedido de conhecer o parque inteiro, conhecemos uma boa parte. Ainda assim, o que vimos foi mais do que o suficiente para ficarmos, mais uma vez, boquiabertos com o poder da Mãe Natureza.
Ficamos um tempo no Visitor Center esperando a chuva passar e descobrimos um lugar super interativo, cheio de informações legais apresentadas como jogos interativos. Vale bastante a pena, principalmente se você estiver com criança ou for alguém que brinca mesmo e não tá nem aí. #SouDesses Ah, o Visitor Center também tem restaurante, loja, banheiros e wifi, claro! 😛
O ingresso custa 9 libras e está incluído o estacionamento, acesso ao visitor center e o audio tour em português! Esse audio tour salva bastante o rolê, explicando o que cada uma é e as lendas que envolvem.
Quando a chuva acalmou, seguimos para o Dunluce Castle, uma das mais amplas ruínas medievais na Irlanda do Norte e que era a casa do Greyjoy em Game Of Thrones. Quem aqui lembra?!
Construído em 1200 num afloramento de basalto, o Dunluce Castle passou por 2 famílias antes de pertencer ao clã MacDonnell, que instalou um canhão na guarita do castelo proveniente de um navio da Armada Espanhola que naufragou nas rochas abaixo da construção. A mesma família permaneceu com o castelo até 1690, quando foi abandonado e caiu em ruínas.
Segundo historiadores, havia uma vila em torno do castelo, que foi destruída por um incêndio em 1641 e que ainda hoje podemos ver indícios no pátio central, que não necessita pagamento de ingresso para acessar.
O acesso ao castelo é feito através de uma ponte e o mesmo faz parte de um site que inclui centro de visitantes, lojas e ruínas da cidade. O castelo tá bem deteriorado, mas ainda tem restos parciais de suas torres de esquina e a muralha externa. A visita é guiada e um guia local apresenta todo o sitio, mas devido a chuva não conseguimos fazer. Seguimos pela escadaria e chegamos a uma fenda entre as rochas, onde podemos ver uma espécie de praia particular.
Algumas placas nos avisavam sobre o risco de desmoronamento então seguimos a trilha, seguindo por uma outra escadaria chegamos a um mirante lindo. Só tome cuidado com o vento e com as escadas super úmidas!
Era hora de pegar estrada e voltar para Dublin. Nossa próxima parada estava no caminho de volta, a cidade de Belfast para visitar o maior museu do mundo dedicado ao Titanic. Para quem não sabe, foi em Belfast que os navios gêmeos RMS Titanic e Olympic foram construídos. O museu é tão especial e grandioso que ganhou um post só para ele e para ler basta clicar aqui.
Saímos do museu era quase 8 da noite e por conta do céu claro não demos por conta que a atração que visitaríamos em sequência poderia estar fechada. Paramos em um posto para comer algo rápido e então seguimos para Newgrange e Knowth, as tumbas gigantes recheadas de mistérios que são mais antigas que as pirâmides do Egito. O complexo estava realmente fechado, nos obrigando a voltar no dia seguinte e essa aventura você pode ler clicando aqui.
Espero que vocês aproveitem muito esse roteiro e que curtam tanto quanto eu curti.
Um beijo,
Doug Pelo Mundo.
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